A União Brasileira de Compositores (UBC) e o cRio, o laboratório de ideias da ESPM, fizeram a 2ª edição da pesquisa “Músicos/as & Pandemia” e constatou-se que 50% dos trabalhadores que atuam nessa área perderam sua renda em 2021. O estudo ouviu 611 músicos e 37 empresas ligadas ao setor e, entre os artistas, 89% afirmaram que passaram a ganhar menos dinheiro durante a pandemia (em 2020, eram 86%).
Entre todos os entrevistados, 46% trabalham unicamente com a música. “Os dados mostram que a pandemia criou inúmeros desafios para o crescimento do país e reforçam a necessidade de se pensar em soluções para a área”, diz Sandra Sanches, diretora do cRio ESPM.
Outro dado é que 50% dos profissionais perderam 100% do que ganhavam com música antes da pandemia, enquanto 25% perderam até 50% e os outros 25% tiveram queda de até 80%. No entanto, apesar da crise, a esperança é maior: 53% pretendem continuar trabalhando apenas com música, mas diversificando suas atuações; 30% vão seguir na carreira da mesma maneira; 3% pretendem seguir, mas diminuir a atuação com música e focar em outra profissão complementar; apenas 2% vão deixar de trabalhar. “O mercado da música cada vez se orienta mais por dados, pesquisas e estudos de comportamento e tendência. Eles são vitais ferramentas de trabalho para nossas previsões e estimativas. A inteligência de negócios nos ajuda a enfrentar e desafiar estes dias que manual de sobrevivência nenhum especulou”, diz Marcelo Castello Branco, diretor da UBC.