“É muito ruim o impacto sobre os serviços. A situação está crítica, embora ninguém esteja grave, porque todos estão vacinados e com a terceira dose em dia, provando que vacina é o que funciona para sustar a gravidade da variante ômicron, muito transmissível, como sabemos. Estou preocupada com o funcionamento dos serviços essenciais nas próximas semanas”, diz à coluna a médica Margareth Dalcolmo.
Nessa terça (11/01), o Rio bateu recorde de casos em 24 horas, com 9.315 novos pacientes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Mesmo com o número alarmante, Dalcolmo afirma que estamos longe do pico. “O esperado é que o pico da ômicron chegue no começo de fevereiro e depois reduza, mas a situação é séria e a transmissão é fácil”.
Depois da subida da ômicron, voltou-se a falar sobre a “imunidade de rebanho”, quando parte da população se torna imune a uma doença. “Já nem falamos mais nesse assunto, porque a maneira como a epidemia se comportou e o aparecimento de novas variantes que ainda podem ocorrer já tornam o assunto imunidade de rebanho obsoleto”, contrariando a fala de Jair Bolsonaro nesta quarta (12/01), quando o presidente disse que a “imunidade de rebanho está salvando o Brasil da covid”, em declaração sem evidências científicas.
E não custa reforçar os cuidados para prevenir a ômicron: além de ficar em casa, não glomerar, as máscaras ideais são do tipo Pff2 (de preferência tapando nariz e boca o tempo todo e sem colocar as mãos para ajeitar), limpar as mãos com frequência, usar álcool em gel e/ou líquido. Tomar todas as doses da vacina.