Mesmo em casa, recuperando-se da covid, o biólogo Mario Moscatelli conseguiu montar um exército de “fiscais” da natureza. Nesta quinta (27/01), ele recebeu as imagens de um dos seus “olheiros”, desta vez, longe da degradação e destruição, mas comemorando a vida, com oito novos ninhos de socós (aves aquáticas de pescoço longo, da mesma família das garças) e cinco de frangos d’água, na Lagoa, apenas no trecho do túnel Rebouças ao Clube Piraquê. “Impensável isso há 30 anos, quando a Lagoa era um frequente depósito de peixes mortos com reduzida biodiversidade. Agora, a vida se apresenta por toda parte, isso em plena zona urbana do Rio. Francamente, nunca imaginei que o trabalho que comecei, de forma solitária, em 1989, poderia gerar tanta biodiversidade. No início, era ‘apenas’ a renaturalização das margens de uma lagoa degradada, mas logo percebi o potencial da diversificação que a vegetação poderia gerar”, diz Mario.