Lucinha Araújo teve, praticamente, uma audição particular de algumas músicas do filho, Cazuza (1958-1990), nesta quarta (01/12), na Praça Cazuza, no Leblon. Foi o dia de entrega dos óculos da estátua em homenagem ao poeta, roubados há pouco mais de um mês, e ela bancou um novo par (cada reposição custa mais ou menos R$ 15 mil) e, para comemorar, o elenco do espetáculo “Cazas de Cazuza” se apresentou. A data não foi coincidência, é o Dia Mundial de Combate à Aids. “Quero desejar que todos estejam se cuidando, porque a Aids está fora de moda e as pessoas se esqueceram que ela está aí e que não tem cura. Mas é melhor você se prevenir do que contrair o vírus, porque o tratamento não é muito agradável”, disse ela.
Quando pensava em entregar o microfone, alguém pediu para ela falar mais. “Moramos por uns 10 anos ali naquele prédio da esquina da Rita Ludolf e, até por isso, ele vivia no Baixo Leblon. Agora, de onde ele estiver, deve estar feliz de ter tido os óculos surrupiados, porque com a estátua de Carlos Drummond de Andrade aconteceu várias vezes e ele era fã. É a cara dele dizer que se igualava a Drummond, seja nos furtos dos óculos dos monumentos. E aqui é o lugar onde ele pintava o 7, o 14, o 21. Viveu pouco mas aproveitou muito”, disse Lucinha.
Assista a um trecho de “O tempo não para” (vídeo de Daniel Delmiro):