Integrantes do movimento “SOS Teatro Princesa Isabel” se reuniram com André Ceciliano, presidente da Alerj, e com a deputada Martha Rocha, nesta quarta (15/12), para pedir apoio à crise financeira. Na quinta (16/12), a Alerj vota o projeto de lei que propõe o tombamento do prédio como Patrimônio do Estado do Rio. Inaugurado em 1965, em Copacabana, o teatro está fechado há 20 meses. O projeto, de autoria de Martha Rocha, inclui o tombamento de todo o acervo artístico, histórico e cultural. “Às vésperas de completar 57 anos, o teatro precisa do reconhecimento e da nossa ajuda para voltar à ativa. A área da cultura foi uma das mais atingidas com esta pandemia. Esse tombamento demonstra que o povo do estado entendeu que a preservação e a continuação desse espaço cultural são importantes”, disse Martha.
O empresário Orlando Miranda, um dos fundadores do teatro, diz que as despesas são de R$ 40 mil/mês e o aluguel, R$ 15 mil. No encontro, os deputados sugeriram que sejam apresentados projetos artísticos à Fundação de Artes do Estado do Rio (Funarj) que possibilitem a reabertura, assim como a manutenção. “Está sendo muito difícil mantermos o espaço aberto. Já usei quase todas as reservas, e ele corre sério risco de fechar. O Princesa faz parte da história das casas de espetáculo cariocas. Fomos palco da bossa nova, estreamos ‘Roda Viva’, de Chico, trabalhamos com Procópio Ferreira, Zé Celso, Guarnieri, Marília Pêra, Jô Soares, Miele & Bôscoli, Simonal e muitos outros. É uma tristeza estarmos vivendo isto agora”, disse Orlando, que estava acompanhado de José Roberto Gifford, presidente da Funarj, e de Perfeito Fortuna, produtor cultural.