Segundo o Centro de Operações Rio (COR), até meio-dia dessa segunda (13/12) foram 127 chamados, depois do caos com a chuva no dia anterior, com árvores (77 até então) e postes caídos, além dos alagamentos, deslizamentos e falta de luz. A Prefeitura anunciou “estágio de mobilização”, com previsão de pancadas de chuva isoladas com intensidade moderada a partir da tarde, acompanhadas de raios e ventos.
Em Botafogo, por exemplo, uma árvore centenária da Rua São Clemente foi ao chão, causando um grande estrago na fiação, deixando parte dos cabos cortados. Não é de hoje que nossas árvores sofrem a ação da natureza e da urbanização. Em setembro, foram mais de 90 depois de ventos violentos.
Segundo o biólogo Mario Moscatelli, além dos eventos naturais, “a outra situação é ver como anda a saúde das árvores no Rio. Você tem de tudo — desde o plantio, que confina o sistema radicular (raiz) num espaço mínimo, a ataques de cupins. Tem de haver um controle fitossanitário de pragas nas espécies. Cada caso deve ser analisado individualmente, mas, no Rio, temos todos eles juntos. As pessoas não têm um olhar inteligente para as árvores. Ninguém pensa sobre a importância dela para o microclima, que está ficando cada vez mais esquisito. Existe uma relação de amor e ódio com as árvores da cidade, mas, infelizmente, o ódio está ganhando.”
Procurada, a Fundação Parques e Jardins (FPJ) disse: “Estamos monitorando e fazendo serviços de remoção nas ruas, em todas as regiões. Estamos mapeando todas as árvores que caíram e também na última tempestade que provocou mais de 90 quedas de árvores em setembro. Todas elas serão replantadas com a utilização de mudas próprias para a arborização urbana”.