O ano de 2021 está sendo marcado pelo início da esperança e de uma retomada tão esperada por todos, cariocas, turistas, empresários, poder público. O avanço da vacinação na cidade, com 75% da população completamente imunizada, tem enchido a todos de confiança. E isso não só tem criado uma expectativa para a próxima estação, que ganhou o título de “verão do século”, mas também tem refletido na chegada de operações à nossa orla.
Só neste ano, teremos 31 novas operações que levarão mais qualidade em serviço, boa gastronomia e infraestrutura para as nossas praias. Desses, 29 são quiosques que passaram por uma renovação e irão reabrir sob nova direção, como foi o caso do de Lamare, do Pedro de Lamare, David Zylbersztajn e Luís Carlos Nabuco, que abriu há poucos meses em Ipanema e já foi reconhecido como um dos melhores quiosques da orla.
Outro exemplo é o Burle Experience, do Carlos Burle, que fica na Barra e é focado em práticas esportivas, além de promover encontros sobre saúde e sustentabilidade. Isso só para citar dois abertos este ano, que têm propostas totalmente diferentes e acabam agradando e atraindo diversos públicos.
Daqui até o próximo ano, a orla abrigará outras novas marcas, que chegarão com tudo à praia, como o Mirante da Rocinha, que vai abrir seu quiosque em São Conrado, o Fairmont, que vai inaugurar o Tropic em frente ao hotel, em Copacabana, e o Tatuí, que chegará ao Leme com uma proposta de operação totalmente sustentável.
Além de contribuir diretamente para a economia do município por meio da geração de empregos, essas operações estão em linha com os projetos de melhoria da atual gestão da cidade, que ganhará mais empreendimentos gastronômicos de qualidade, atraindo mais turistas. Afinal, não estamos aumentando o número de quiosques na orla, e, sim, renovando e modernizando os já existentes com uma melhor infraestrutura de cozinha, depósito e banheiro, proporcionando uma experiência gastronômica única para a população. Essa melhoria será mais um benefício para os moradores da região, que têm a praia como extensão de casa e poderão desfrutar de uma orla mais bonita e segura.
Os quiosques que, anteriormente, eram pontos de passagem, hoje são locais de destino. E não foi de um dia para o outro que alcançamos isso. São mais de 50 anos de praia, de aprendizado, apostas, erros e acertos. Nosso propósito vai muito além de cuidar da conversação dos quiosques e postos de salvamento. Trabalhamos incansavelmente para oferecer a melhor experiência à beira-mar, com excelência em serviço e infraestrutura de qualidade. E fazemos isso de forma a impactar menos possível o nosso meio ambiente.
Há dois anos, criamos o projeto Recicla Orla, que faz a coleta e reciclagem dos resíduos sólidos descartados nas praias. Temos até o primeiro quiosque do Brasil a ganhar o certificado do Instituto Lixo Zero: o La Carioca, que recicla 95% dos resíduos que produz. Nunca a orla esteve tão em alta e preocupada com o bem-estar de moradores e turistas.
A questão da vista é o ponto com que mais nos preocupamos e o que mais os órgãos de licenciamento exigem, como INEPAC, IRPH e Urbanismo.
No nosso projeto, toda infra está no subsolo, impactando o menos possível a paisagem. Os quiosques têm apenas 9m2. Nós deslocamos os quiosques fora do eixo da rua, para quando a pessoa estiver chegando à orla não ser impactado com o mobiliário urbano e possa ter a vista livre.
A missão da Orla Rio é ser um bem comum na vida de toda a população, proporcionando a melhor experiência, criando valor, acolhendo as diferenças e inspirando momentos de felicidade. E é possível realizar tudo isso de forma consciente, gerando empregos e estimulando o turismo. Basta que os empresários se unam, realizem parcerias empenhadas em proporcionar ao turista e ao carioca uma qualidade em entretenimento, gastronomia e serviço que os façam retornar para o local mais democrático e livre que existe: a praia.
João Marcello Barreto é presidente da Orla Rio desde 2018. Administra 309 quiosques em 34 km entre Leme e Pontal, emprega oito mil pessoas direta e indiretamente. Mais ou menos 500 mil pessoas passam pelos pontos de venda na praia diariamente; no carnaval e réveillon, esse número chega a 2 milhões.
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