O escultor francês Jean-Marc Laroche, apaixonado pelo Rio, que passa quatro meses do ano em seu apartamento no Leblon, depois volta a Paris, tem circulado pela Zona Sul em sua bicicleta, com uma carona diferente: um esqueleto feito em resina, com capacete em bronze, echarpe, batom e salto alto, sempre agarrado em sua cintura, obviamente, fazendo a cabeça de muita gente curiosa virar.
Sua amiga, que ganhou o nome de “A passageira”, está com ele há seis anos. O fascínio por caveiras vem da infância, quando ficou impressionado com a múmia Rascar Capac, capa de uma das aventuras do herói Tintim, escritas por Hergé (Georges Prosper Remi). “A minha ideia é valorizar a vida através da representação da morte. As pessoas ficam rindo quando a veem — no mundo de hoje, precisamos de um pouco de maluquice para aliviar. Então faço por isso, além de divulgar meu trabalho”, conta Jean-Marc, que vem ao rio desde 1986 e casou com uma carioca.
Na França, ele começou a carregar “a passageira” na garupa de uma motocicleta, em 2015, mas diz: “Os cariocas são mais leves, mais brincalhões, e a cidade me dá uma abertura maior para eu apresentar minha arte de rua e, assim, conseguir contatos e trabalhos”.
Há seis anos, Jean-Marc criou esculturas de caveiras em tamanho natural, fazendo algumas posições do Kama Sutra, para o Museu do Erotismo, na Praça Pigalle, que fechou em 2016. Para conhecer mais seu trabalho, clique aqui.