O carnaval dos blocos de embalo na Avenida Chile, no Centro, que reúne tradicionais como Cacique de Ramos e Bafo da Onça, foi o tema da audiência pública, nesta quarta (03/11), pela Comissão Especial de Carnaval da Câmara Municipal do Rio, presidida pelo vereador Tarcísio Motta. E, claro, o assunto de maior interesse de todos os representantes de blocos era o investimento para a folia acontecer, além de uma possível mudança do percurso para a Avenida Graça Aranha. “O Cacique de Ramos leva à avenida cerca de 5 mil pessoas. Temos carros alegóricos e 300 integrantes da bateria. A volta do subsídio vai impactar a nossa vida o ano inteiro”, disse Márcio Nascimento, representante do bloco.
O diretor de Operações da Riotur, Rafael Bandeira, garantiu que já existem discussões na empresa sobre a retomada do apoio financeiro. “Estamos vendo, no orçamento da Prefeitura, o melhor formato para atender ao carnaval de 2022, mas de maneira responsável com a questão fiscal”, adianta. A próxima audiência está agendada para 19 de novembro.
Outro pedido foi a troca de local. “Não adianta a Prefeitura querer colocar uma arquibancada melhor ou banheiros químicos. Existe uma passagem na Av. Chile que impede o deslocamento de caminhões de som. Gastamos muito dinheiro para desfilar apenas por 200 metros”, disse Cláudio Cruz, do Embaixadores da Folia.
Em 2016, com a inauguração do Boulevard Olímpico e o fechamento do trecho final da Avenida Rio Branco para o trânsito, a alternativa de desfile na Graça Aranha foi perdida. “Interromper a Graça Aranha é interromper a ligação da Rio Branco. Vamos atender às demandas de ajustes em relação à Avenida Chile e mostrar as dificuldades que a cidade teria em caso de migração do desfile para a Avenida Graça Aranha, afirmou Luiz Gustavo Mendonça de Oliveira, coordenador-geral de Operações da CET-Rio.