Mesmo com a alta inflação — 10,65% em 12 meses —, os brasileiros planejam comprar enquanto durar a “Black Friday” (a data oficial é dia 26 de novembro), principalmente para antecipar as compras de Natal. É o que registrou um levantamento da NielsenIQ/Ebit, com pouco mais de 3 mil consumidores, entre eles, 40% acreditam que vão encontrar preços mais baixos, e 19% querem aproveitar as promoções, mesmo que não estejam precisando de nada no momento.
No entanto, a economista Leticia Camargo, colaboradora da coluna, avisa: “Como tudo que envolve finanças, é importante planejar e controlar os impulsos. Aproveite esses próximos dias para fazer uma lista do que está precisando de verdade e confirme se o desconto é real ou fake.”
Na prática, pouco tempo antes de anunciar os imperdíveis valores baixos, as lojas costumam aumentar o preço do produto dias antes e aplica o desconto sobre esse valor inflado propositalmente, sem alterar a margem de lucro, a conhecida “black fraude”, que, segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é crime. “É possível fazer boas compras sem se endividar, pois os juros podem sair bem mais altos do que a diferença do valor com desconto para o preço cheio”, explica Letícia, que ainda faz três perguntas básicas para ajudar antes de sair dando ok nas maquininhas:
1) Preciso mesmo?
2) Posso comprar, ou seja, tenho dinheiro suficiente?
3) Precisa ser agora, ou posso adiar a compra?
Depois de responder, é só se decidir e ser feliz, comprando ou não!