O projeto que permitia o comércio de armas de fogo, munições e fogos de artifício no município do Rio vai ser arquivado pela Câmara, depois de votos insuficientes para a aprovação, em sessão nessa quinta (25/11). A proposta precisava de 34 votos a favor para ser aprovada em primeira discussão, mas teve 28 contra 18 – mesmo assim, o número de políticos pró-arma é grande. “Esse projeto é absurdo, especialmente num momento em que as pessoas estão se matando. Vamos incentivar as armas de fogo? A polícia é que tem que garantir a nossa segurança, e não o cidadão”, disse Teresa Bergher, presidente da comissão de Direitos Humanos.
O projeto, originalmente proposto no ano passado por 22 vereadores, liberava tanto a fabricação quanto a comercialização de armas. No entanto, o substitutivo — o que foi arquivado — passaria a liberar apenas o comércio. Os autores argumentavam que o município deixaria de arrecadar tributos e de gerar empregos com a proibição. “Em compensação, deixa também de incentivar o uso de armas de fogo, como vemos em outros países, que volta e meia há casos dos chamados lobos solitários, pessoas que colecionam armas e acabam surtando e matando inocentes. Ainda bem que o bom senso prevaleceu”, finalizou Teresa.