Eduardo Cavaliere, secretário de Meio Ambiente, vários outros políticos, ambientalistas e a população comemoram a vitória da criação do “Refúgio de Vida Silvestre (REVIS)”, da Floresta do Camboatá, em Deodoro, em projeto aprovado pela Câmara nesta quarta (03/11), por 37 votos a um. O único voto contra foi, sem surpresas, de Carlos Bolsonaro. Até os colegas de partido aprovaram a medida — é que o projeto de preservação enterra de vez a construção de um autódromo em Deodoro.
Até ser aprovado, o assunto virou uma verdadeira novela envolvendo grupos empresariais internacionais, líderes políticos de todas as esferas, incluindo o Presidente Bolsonaro, o governador afastado Wilson Witzel e o ex-prefeito Marcelo Crivella, contra grupos organizados da sociedade civil e ambientalistas, que defendiam o bioma por meio dos Ministérios Públicos Federal e do estado e do Movimento SOS Floresta do Camboatá.
O objetivo da proposta é preservar a fauna e a flora, recuperar a qualidade da água dos mananciais e a cobertura vegetal existente, assim como garantir a sobrevivência e o curso natural da evolução da população de árvores nativas. A floresta tem uma área de 2 milhões de metros quadrados, onde vivem mais de 180 mil árvores e ao menos 18 espécies ameaçadas de extinção.