Ao ver a mãe de Henry Borel de blusão largo de moletom branco, jeans e sandálias havaianas, sem vaidade no vestir (sua roupa do presídio), chegando para o julgamento, a jornalista, Ruth de Aquino conta, em sua página no O Globo, ter se lembrado de Carmen Mayrink Veiga, que escreveu no jornal O Dia, quando ela era diretora de redação.
Carmen respondia a dúvidas enviadas por cartas. Um dia, recebeu correspondência de uma detenta no Rio, acusada de homicídio. “Dona Carmen, irei a julgamento na próxima semana. Estou preocupada. Qual é a roupa que devo usar para impressionar favoravelmente promotores e juízes? No primeiro julgamento, usei jeans, camiseta e tênis, e fui condenada. E agora, o que devo vestir?” Carmen, que ficou comovida, respondeu: “Use uma roupa simples e sóbria, com meia-calça e sapato escarpin, cabelos penteados e maquiagem leve.”