Carlos Vergara, 80 anos em novembro, 50 de carreira e dominando várias técnicas, rendeu-se ao NFT, que já nem precisa mais de apresentação, mas a gente explica: a sigla para token não fungível ou aquela venda da obra com certificado digital. A partir de domingo (31/10), Vergara apresenta uma série de quatro lançamentos neste novo formato, pela Miintme, plataforma especializada em artes, música e esporte, responsável por curadoria, desenvolvimento e venda de NFTs. “Arte e tecnologia sempre estiveram próximas, pois o objetivo do trabalho, se assim podemos dizer, é falar ao coração e ao cérebro do ser humano. A forma para alcançar isso é múltipla, e produzir algo digital no universo NFT me instiga e motiva a continuar perseguindo o desafio de encontrar um outro tipo de beleza que possa me surpreender e tocar o observador”, diz Vergara.
A estreia no mundo digital é com o lançamento da peça “Respiração”, cujo trabalho físico está na exposição “Prospectiva”, com tiragem limitada de 20 unidades, que une a pintura a uma animação em vídeo. A obra tem origem nas recordações de suas andanças pelos anos 50 pela Bienal de São Paulo, no Cais do Valongo e nos trilhos do bonde de Santa Teresa, onde tem seu ateliê.
Em seguida, nos dias 2 e 4 de novembro, mais dois lançamentos em parceria com o artista multimídia Alexandre Rangel, ambos inspirados em “Feijão”, famoso trabalho de Vergara. Encerrando, no dia 6 de novembro, será apresentado o último, “Ignis Fatuus”, uma releitura em forma de remix computacional de uma pintura da série “Natureza Inventada”, com 41 versões diferentes. As vendas serão feitas pelo processo de melhor oferta, ou seja, o velho e conhecido leilão — a plataforma vai decidir qual aceitar.