Como homenagem aos orelhões, que estão completando 50 anos, e vendo seu desaparecimento das ruas, o artista e fotógrafo austríaco, vivendo no Brasil, Martin Ogolter fez intervenção artística nos orelhões de Copacabana, cobrindo-os com lycra e fita metalizada, lembrando o movimento artístico “colorfield painting”, surgido na década de 1950, em Nova York. “Os orelhões são um perfeito exemplo de design moderno e foram extremamente úteis, mas hoje são quase somente esculturas na paisagem da cidade. Restam poucos pelas ruas e quis transformá-los em obras de arte, um colorfield painting tridimensional”, diz o artista.
O registro das intervenções artísticas está no livro “12 conversas e uma festa”, a ser lançado no dia 14 de outubro, às 19h, no Alalaô Kiosk, no Arpoador (de Marcus Wagner, o-carioca-dos-cariocas). A ideia é que o leitor sinta como se estivesse fazendo um passeio pelas ruas do Rio. Desta forma, no livro tem algumas páginas em branco. “É quase como uma caminhada, de vez em quando aparece um desses orelhões, mas já não mais como objeto útil, como algo efêmero, assim como as fotografias”, afirma Martin Ogolter, que vai fazer uma intervenção ao vivo no orelhão em frente ao quiosque, durante o lançamento.