Você é arquiteto, decorador, designer, atua em volta dessas áreas e não esteve no Arquivo Contemporâneo, em Ipanema, nessa quarta (27/10)? Pode ter perdido grandes encontros: ali aconteceu o lançamento do livro “Bernardo Figueiredo: designer e arquiteto brasileiro” (editora Olhares), de Maria Cecília Loschiavo dos Santos (professora de Design da FAUUSP), Amanda Beatriz Palma de Carvalho (doutora em Design) e Karen Matsuda (mestre em Design). Faz parte do projeto de Ângela Figueiredo, produtora cultural, atriz e filha de Bernardo, com supervisão da irmã, Adriana Figueiredo, cineasta, atriz e tradutora.
Mais que um livro comemorando um dos pioneiros do design moderno, as páginas são cheias de memórias afetivas: “Crescemos entre pranchetas, lapiseiras, réguas, compassos, plantas, papel-manteiga, construções, escritórios, fotografias, projetos, móveis, jogos de futebol do Flamengo, idas ao Maracanã, praia e passeios de barco pelo litoral do Rio. Com nosso pai, íamos à praia em Ipanema, no Arpoador – era a época dos primeiros surfistas e dos pranchões. Vivemos muitas aventuras”, destacam Adriana e Angela no texto “Pela luz do seu olhar”.
João Caetano, dono da loja, também inaugurou uma exposição com 18 móveis assinados por Bernardo (1934-2012), incluindo três reedições: a cadeira Prima, a mesa de centro Joá e a mesa lateral Leblon.
O livro passeia pelo ambiente em que Bernardo cresceu, formou-se e iniciou sua vida profissional, nos anos 1950, no Rio, além de seu protagonismo no projeto do Palácio do Itamaraty, em Brasília (quando conviveu com Oscar Niemeyer, Burle Marx, Athos Bulcão, Bruno Giorgi, Sérgio Rodrigues e Joaquim Tenreiro) e sua arquitetura, que inclui dezenas de edifícios no Rio, e assim vai…