A segunda-feira (04/10) amanheceu com um assunto que tomou conta das redes: Paulo Guedes e suas contas no exterior e, com isso, os memes estão a toda. E a pergunta que a maioria tem feito é: para quem a Economia do ministro está funcionando, já que a bolsa de valores está em queda, a inflação subindo e o dólar aumentando? A resposta é básica: com isso, os investidores estão levando seu rico dinheiro para o exterior.
A oposição ao governo na Câmara dos Deputados acionou, nesta segunda (04/10), o Ministério Público Federal (MPF) para investigar a existência de “offshores” (o nome para empresas e contas bancárias abertas onde há menor tributação) em paraísos fiscais nos nomes de Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A informação foi comunicada por Alessandro Molon, líder da oposição na Câmara. A prática é legal, desde que as empresas sejam declaradas à Receita Federal. Segundo as matérias, Guedes segue com a empresa ativa e tinha, em 2015, US$ 9,5 milhões (mais ou menos R$ 49 milhões). Já o presidente do BC, que tinha declarado esta e outras empresas no exterior em sabatina no Senado, fechou a companhia no ano passado.
Segundo o “Infomoney”, o câmbio do dólar ficaria a R$ 5,20 em 2021, e avançaram, de R$ 5,24 para R$ 5,25, até o fim de 2022. Ou seja, uma boa aumentada no dinheiro de Guedes no exterior.
Mas, segundo o Ministério, “toda atuação privada anterior à investidura no cargo de ministro, foi devidamente declarada à Receita Federal, Comissão de Ética Pública e aos demais órgãos competentes, o que inclui a sua participação na empresa mencionada. As informações foram prestadas no momento da posse, no início do governo, em 2019″.