O Edifício Teatro Regina, um dos clássicos cariocas do estilo art déco, próximo aos prédios mais famosos do Centro do Rio, foi erguido nos números 17 e 21, da Rua Alcindo Guanabara, em 1932, pela Companhia Construtora Continental.
Em seus 18 andares, estão 168 salas comerciais com área de 30 até 200 m2. No subsolo, funcionou, desde 1935, um cinema, originalmente com 510 lugares, que já recebeu cinco nomes: Teatro Rio, OK, São Carlos, Rivoli e por último, Cine Orly, fechado há alguns anos. A grande estrela dessa construção, projetada por Arnold Brune, é o Teatro que foi Regina até 1944, e que, há décadas, foi rebatizado de Dulcina, em homenagem à atriz Dulcina de Moraes (1908-1996).
As letras em alto-relevo, bem características do estilo art déco, que formam o nome Regina, continuam imponentes na fachada abaulada dos primeiros pavimentos. Os andares intermediários e mais altos são marcados por pilastras superpostas que ressaltam a verticalidade do volume. No topo do Regina, existe uma plataforma circular, como uma cabine do comandante de um navio, que, no passado, entre outras funções, sustentava uma antena de radiodifusão.
A fachada da sua construção foi pintada há poucos anos. Os elevadores foram substituídos e o hall de entrada foi repaginado. A escadaria vermelha e azul é um de seus pontos fortes, assim como o piso original de pastilhas coloridas de alguns andares. Uma curiosidade é que dez salas pertencem, até hoje, ao Regina, ou seja, o valor arrecadado com os aluguéis é revertido 100% para as melhorias do edifício.
Algumas salas estão vazias por conta da crise e da pandemia. Foi realizada uma consulta, e apenas 5% dos proprietários são contra a ideia de transformar o Regina num edifício misto. Essa seria uma boa alternativa para que esse ícone arquitetônico volte a ser ocupado em sua plenitude.
