“O Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli — curta sobre a rotina dos entregadores de aplicativos nas ruas do Rio —, ganhou o Leopardo de Ouro de melhor curta nesse fim de semana, na 74ª edição do Festival de Locarno, na Suíça. Aproveitando essa premiação, o vereador Tarcísio Motta chamou atenção para um projeto de lei que ainda vai ser votado na Câmara, criando pontos de apoio à classe. “É inacreditável que, no século XXI, a gente tenha pessoas trabalhando, às vezes, até 12 horas por dia e sem ter lugar pra almoçar, esticar as pernas ou mesmo ir ao banheiro! Essa é a realidade de entregadores e motoristas de aplicativos. A gente sabe que a lei não resolve todos os problemas, mas garante um mínimo de direitos, obrigando as empresas a criar lugares com banheiros, sala para apoio e descanso, com wi-fi e recarga de celular gratuitos, espaços para refeição e para estacionar bicicletas e motos”, diz Motta.
Quanto à produção, é o sexto curta de Martinelli, um musical embalado na moda do Passinho, sobre entregadores de comida durante a pandemia. “Ainda processando tudo isso porque parece um sonho”, diz Martinelli, que estava na Itália, para o lançamento do curta e a consequente premiação.
Entregadores de aplicativos, o que seria de nós sem eles, mais ainda na pandemia? Não, ninguém aqui quer pensar nisso.