Se você é carioca, com certeza se lembra das expressões “vipinho e vipão” numa lista que classificava os convidados de um camarote do Rock in Rio, em 2013, enlouquecendo as redes sociais. E também aqueles espaços cercados em camarotes da Sapucaí, num lugar que já deveria ser exclusivo-por-natureza.
Passados nove anos do vipinho-vipão, agora é a vez de Noronha (desejada por brasileiros e estrangeiros) com o sistema de pulseiras para fazer pagamentos e nem chegou a entrar em vigor. Os acessórios seriam diferenciados por cores, de acordo com o poder aqui$itivo, entre visitantes, artistas ou influenciadores. Depois de muitas críticas, voltaram atrás e mudaram o formato do projeto.
Na ilha, o acesso à Internet é ruim e, muitas vezes, as pessoas não conseguem usar cartões de crédito. Com isso, a ideia das pulseiras seria facilitar os pagamentos em hotéis, pousadas, táxis e atrações turísticas, só que algum, digamos, sem noção, teve a brilhante ideia de dividir o negócio por cores — a preta seria para pessoas que pagassem acima de R$ 10 mil; a azul, para recargas de até R$ 10 mil; a roxa para “embaixador/influenciador”, com todos os benefícios da pulseira preta; a cinza para comerciantes; e ainda a verde, rotativa e sem o pagamento do valor simbólico. Com as críticas, o governo local anunciou que, em vez das cinco cores, serão usadas apenas as verdes e as cinzas, identificando comerciantes e clientes.