Se, por um lado, muita gente perdeu renda na pandemia, de outro lado, teve gente que acabou poupando, de forma involuntária, por conta do isolamento social!
Mas será que, com a vacinação e uma iminente abertura maior da economia, essas pessoas que não tiveram oportunidade de gastar voltarão a gastar como nunca?
Existe uma tese de que, quando são retiradas as restrições, o comportamento das pessoas passa a ser intensificado no sentido oposto, pois há uma sensação de que precisam aproveitar a vida.
Como elas foram privadas de sair às compras por conta da covid, o retorno à normalidade poderá ser de muitas compras para compensar o tempo perdido. Essas seriam as compras da vingança.
Na China, logo depois daquele isolamento inicial, lá no início de 2020, quando o país abriu, houve uma corrida para as compras e longas filas nas lojas de luxo.
Além das compras, as viagens também podem ser um objeto de desejo que ficaram reprimidas nesse período de quarentena e, quando abrirem as fronteiras, podem ser um foco de gastos.
Eu mesma tinha duas viagens marcadas que tiveram de ser adiadas por causa da pandemia.
O próprio conceito de trabalho em home office pode mudar as viagens, que podem ficar mais longas, uma vez que as pessoas que puderem manter o trabalho online poderão trabalhar de onde estiverem.
Será que as pessoas vão se acostumar a poupar e querer manter esse hábito? Ou será que vão querer gastar tudo que não gastaram, e até mais um pouco, quando puderem sair por aí sem nenhuma restrição?
Aqui, no Brasil, pelo menos a economia vem respondendo bem à abertura parcial do comércio, e as expectativas para o PIB de 2021, no relatório Focus, estão vindo cada semana mais altas.
Vamos ver o que acontecerá quando as fronteiras se abrirem!
