A hashtag #MarioFriasNaCadeia explodiu no Twitter, no início da noite desta sexta (30/07), impulsionada pelo 342 Artes, movimento fundado por Paula Lavigne, e da Mídia Ninja, com mais de 10 mil menções e subindo e subindo. Isso porque Mario Frias, o secretário de Cultura do governo Bolsonaro, não só pôs a culpa do incêndio da Cinemateca no governo anterior, como também no último dia 20, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) alertou o Governo federal, responsável pela Cinemateca Brasileira, para o risco de incêndio.
Em nota, a Secretaria da Cultura afirmou que “todo o sistema de climatização do espaço passou por manutenção há cerca de um mês, como parte do esforço do Governo federal para manter o acervo da instituição. A Secretaria já solicitou apoio à Polícia Federal para investigação das causas do incêndio e, só após o seu controle total pelo Corpo de Bombeiros, que atua no local, poderá determinar o impacto e as ações necessárias para uma eventual recuperação do acervo e, também, do espaço físico. Por fim, o Governo federal, por meio da Secretaria, reafirma o seu compromisso com o espaço e com a manutenção de sua história”. Que tal?
Entre as reações nas redes, “Há menos de um mês, o cineasta Kleber Mendonça Filho denunciou, em Cannes, que a Cinemateca brasileira foi jogada às traças pelo governo, e agora acontece isso”, “se na ‘malhação’, Frias fez um papel bem meia-boca, alguém acha que foi escolhido pela competência?”, “o que o Salles fez pela Amazônia Mário Frias faz pela cultura!”, “esse desgoverno é assim, se eles não conseguem destruir com leis, eles põem fogo! Melhor já estarmos preparados!”, “Depois dos ataques racistas e do incêndio na Cinemateca, o óbvio ficou evidente: Mário Frias é um criminoso que está na Secretaria Especial da Cultura pra destruí-la” etc.