Neste sábado (10/07), a partir das 10h30, vai acontecer a 10ª edição da lavagem do Cais do Valongo, com a ialorixá Mãe Edelzuita de Oxalá, presidente do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro Brasileira, em ação apoiada pela Prefeitura. “Não é uma festa, mas uma celebração da nossa ancestralidade, um ato muito simbólico num período tão difícil que estamos vivendo”, diz Lidia Moraes, presidente do instituto Ilê Odara.
Declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2017, o Valongo é um sítio arqueológico com vestígios do antigo cais de pedra construído para o desembarque de africanos escravizados. Estima-se que mais de um milhão de negros escravizados tenham passado por ali em 300 anos. A lavagem acontece desde 2012, sempre no segundo sábado de julho, e faz parte do Calendário Oficial de Eventos e Datas Comemorativas da Cidade do Rio.
A propósito, agora o Cai pode ser conhecido de qualquer lugar do Brasil através do “Cais de Ideias”, programa educativo que produziu um curta-documentário, além de aulas e artigos que podem ser acessados no site e nas redes sociais do projeto.