Os mudinhos da CPI podem fazer lembrar João de Deus (cruz credo!), que dizia “o silêncio é uma prece” (que acabou virando título de documentário sobre sua vida), e deu no que deu. Nesta terça, teve uma nova não-falo-nem-morta: Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos.
Emanuela obteve habeas corpus parcial do ministro Luiz Fux, do STF. A Precisa foi a empresa que intermediou a negociação para compra da vacina indiana Covaxin, alvo de suspeitas de irregularidades e corrupção — como denunciado pelo deputado federal Luiz Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luiz Ricardo Miranda.
A moda de ficar mudo na CPI foi lançada por Carlos Wizard no dia 30 de junho. O segundo foi um pouco diferente e acabou preso. Roberto Dias, ex-diretor do Ministério da Saúde, instruído pela sua advogada, Maria Jamile José, a parar de responder às perguntas dos senadores, no último dia 7 de julho. Portanto, nem sempre o silêncio é uma prece.