O Conjunto Residencial Marquês de São Vicente, na Avenida Padre Leonel Franca, nº 261, na Gávea, mais conhecido como Minhocão, foi projetado, na década de 1950, pelo arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy (1909-1964).
Na década de 1940, a remoção de algumas favelas do Centro do Rio deu origem ao Parque Proletário da Gávea, formado por barracões em frente à PUC-Rio, que, no início dos anos 1950, já estavam totalmente deteriorados e em péssimas condições sanitárias.
O Conjunto Residencial Marquês de São Vicente é projetado para essa comunidade com cerca de cinco mil pessoas. Mais aí começaram as discussões políticas e o empreendimento foi atrasado e alterado. O projeto original de Reidy previa a construção de 748 apartamentos, creche, escola primária e secundária, playground, mercado, lavanderia, posto de saúde, igreja, teatro, campos de esportes, administração e um departamento de serviço social. Só o bloco principal, as lavanderias e o posto de saúde efetivamente foram construídos. Os demais sete blocos nunca saíram do papel.
Se não bastasse só o prédio sinuoso de Reidy ter sido erguido, a Prefeitura do Rio ainda demoliu parte de dois andares e cerca de 30 janelas para a construção do principal elo entre a Zona Sul e a Barra da Tijuca, a Autoestrada Lagoa-Barra, inaugurada em 1982.
O fluxo diário de veículos dessa via é de, aproximadamente, 80 mil veículos. Isso causa um barulho constante aos moradores, além de poluição e sujeira provocadas pela queima de combustível dos veículos. O conjunto atualmente possui 308 apartamentos, distribuídos em oito andares (sem elevadores) e cerca de 1.500 moradores. Nos primeiros andares, ficam pequenos apartamentos com sala, banheiro e uma pequena cozinha. Variam de 25 m² a 30 m². Os dúplex, instalados no quarto e no sexto andares, medem em torno de 45 m² e contam com dois quartos. Muitos alunos da vizinha PUC-Rio alugam apartamentos ou vagas no famoso Minhocão.