Na década de 1950, foi inaugurado, em Ipanema, o Edifício Barão de Gravatá, na Rua Barão da Torre, nº 42. Projetado por Sérgio Bernardes em 1952, essa construção modernista de 13 andares conta com uma fachada principal envidraçada que contrasta com a simplicidade das fachadas laterais e posterior. Por alguns anos, foi a torre mais alta do bairro construída em centro de terreno.
Entre os ilustres amigos de Rubem Braga que frequentaram o famoso “jardim voador”, estão: Millôr Fernandes, Manuel Bandeira, Pablo Neruda, Vinícius de Moraes, João Cabral de Melo Neto e Fernando Sabino.
Na crônica “As pitangueiras d’antanho”, Rubem Braga mencionou a vontade de morar no último andar de um edifício alto. A seguir, um trecho desse ótimo e nostálgico texto: “Também me lembro de achar estranho que casas pudessem ser alugadas. Mas também me lembro de que a primeira vez que tive notícia da existência de edifícios de apartamentos, com umas pessoas morando em cima das outras e sem precisar subir escada porque havia elevador, achei a ideia genial, e pensei comigo mesmo: “Eu vou querer morar no último andar”. Mas pensei, confesso, sem nenhuma esperança, como quem pensa em fazer uma coisa que deve ser boa, mas, com certeza, a gente mesmo não vai fazer, como, por exemplo, andar de balão. Como um menino pobre pensa em ser rei.”