O biólogo Mario Moscatelli denuncia os crimes ambientais, mas também comemora quando alguma atitude é tomada. Caso desta quarta (16/06), com o início dos trabalhos de recuperação do sistema lagunar de Jacarepaguá, com investimentos da concessionária Inguá.
Mario foi uma espécie de cicerone do governador Cláudio Castro, do secretário estadual do Ambiente, Thiago Pampolha, e do secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione, num passeio de barco mostrando a situação. “Depois de 29 anos lutando pela defesa e recuperação do lugar, chegamos a uma nova esperança depois de frustradas as expectativas dos legados ambientais relacionados com os Jogos Pan Americanos e Olímpicos, onde praticamente nada do que havia sido prometido aconteceu”, diz Moscatelli. Castro também anunciou um projeto para a criação de um bioparque na Barra, em parceria com a prefeitura.
Mas acredita que vai dar certo desta vez? “Apenas o futuro dirá! A única coisa certa é que continuarei defendendo o sistema lagunar e cobrando as melhorias prometidas. Além da recuperação é fundamental que a ordenação do uso do solo seja implementada de forma espartana, caso contrário, os esforços no saneamento serão comprometidos. Portanto, não vai faltar trabalho”.
Pouco antes da vistoria, Mario esteve numa parte quase desconhecida do sistema lagunar, segundo ele, “o retrato fiel do que o descaso de décadas pode gerar no ambiente. Um sofá solitário no meio da lagoa da Tijuca e as margens da lagoa do Camorim transformadas em imensas latas de lixo. Não tenho dúvidas que há como reverter isso tudo, mas é preciso trabalho imediato e permanente”, repetiu.