Nesta segunda (14/06), o biólogo Mario Moscatelli chama atenção para o que seria a “próxima tragédia” carioca. Ele observou um processo de assoreamento com o lançamento de lixo que afeta a lagoa da Tijuca, em frente à foz do Rio das Pedras — a região do desabamento de um prédio no início deste mês, na Zona Oeste — formando duas ilhas de lama e resíduos. Ele explica: “Essas ilhas formam um obstáculo, um represamento natural das ‘águas’ que escoam junto do esgoto daquela favela. Isso pode afetar potencialmente a estabilidade do terreno já naturalmente instável. Meu alerta é que, em tempo de chuva mais forte ou torrencial, podemos agravar a instabilidade do terreno naturalmente instável. Alerto para evitar novos desabamentos e morte naquela comunidade, coisa que está se tornando comum na região. Para diminuir essa gravidade, seria urgente avaliar ações de dragagem especificamente naquele trecho da lagoa da Tijuca”.