Estamos passando por uma das piores crises humanitárias e sanitárias dos últimos tempos. Muitos perderam entes queridos, e, neste momento de incertezas, nunca se pensou tanto nas questões da sucessão.
Claro que esse não é um assunto dos mais agradáveis; muitos fogem dele como fogem da cruz. No entanto, infelizmente, é necessário pensarmos sobre isso, pois só temos duas certezas: a morte e os impostos. Então, justamente por causa desses dois, precisamos pensar em nossa sucessão.
É superimportante procurarmos nos organizar para que esse momento seja o menos difícil possível para nossos entes queridos que ficam.
Essa, inclusive, já foi uma percepção de muita gente. No último ano, aumentou o número de pessoas buscando por seguros de vida e preparando seus testamentos.
O testamento pode ser uma boa opção para que seja feita a sua vontade na separação dos bens entre os herdeiros — é possível testar a parte disponível para quem a pessoa desejar. Aqui no Brasil, porém, a transmissão da outra parte deve seguir as regras da herança em relação aos herdeiros necessários (cônjuges, descendentes e ascendentes).
É possível pensar também sobre o adiantamento da herança por meio de doação em vida ou utilizar a previdência privada, que não entra no inventário.
Além da questão da herança, também é importante pensar que é necessário os herdeiros terem um valor disponível para o sustento num primeiro momento, no caso da falta do principal responsável financeiro e para as custas do inventário e impostos de transmissão.
Por fim, deixar todas as informações financeiras organizadas — com os números de contas, declarações de imposto de renda, certificados de previdências e apólices de seguros disponíveis, por exemplo, — também ajuda bastante.
Sabemos que esse assunto não é leve nem agradável, mas precisa ser pensado algumas vezes. Tomar as atitudes citadas pode facilitar muito o processo da sucessão.