Pode parecer fake news, mas sabe a quantas anda a votação na consulta pública no site do “e-Cidadania” (do Senado Federal) para a volta do voto impresso? Até esta quinta (06/05), são pouco mais de 134 mil pessoas a favor e 120 mil contra. Que tal?
A consulta pública pode mudar algo? O site do (?) explica que elas são uma forma de diálogo entre a sociedade civil e o governo, em que se pode construir coletivamente as políticas públicas, mas, segundo Raquel Marques, presidente da ONG Associação Artemis, as consultas não são levadas em consideração no processo legislativo, porque só existe a possibilidade do “sim” ou “não”, ou seja, não há possibilidade de comentar os pontos.
Na quarta (05/05), Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse à GloboNews que a aprovação do voto impresso criará um “desejo imenso de judicialização” do resultado das eleições e “o caos em um sistema que funciona muitíssimo bem. Isso é a negação da democracia. Essa história de cantar a existência de fraude antes da divulgação do resultado e colocar sob suspeita um processo eleitoral que jamais identificou qualquer tipo de fraude é problemático.”
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, criou uma comissão especial para debater a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto impresso, de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis. A proposta prevê que cédulas de papel sejam impressas depois da votação de eleições, plebiscitos e referendos, para fins de auditoria.
A ideia é uma pauta de Bolsonaro, que já afirmou que articularia as suas bases para aprovar a PEC, o que custaria cerca de R$ 2,5 bilhões, segundo o TSE. Em 24 anos de uso das urnas eletrônicas, nunca houve nenhuma fraude comprovada.