A quarta (05/05) amanheceu de ressaca, como numa Quarta de Cinzas, com a morte de Paulo Gustavo. A comoção em Niterói, cidade onde o ator nasceu, é absoluta. Está marcado, para as 20h, um aplauso coletivo das janelas por 1 minuto, tanto por ele quanto pelas vítimas niteroienses. O prefeito Axel Grael, que falou à coluna na terça (04/05) — “Paulo reúne talento, carisma e empatia, qualidades que o fizeram conquistar o coração dos brasileiros. Sempre foi um orgulho para os niteroienses vê-lo brilhar nos palcos e telas” — postou nas redes que a cidade vai retribuir e demonstrar “toda a admiração pelo seu trabalho e a dor que sentimos neste momento. Vamos ouvir a população para definir a forma como eternizaremos esse amor recíproco entre Niterói e o ator.”
Grael abriu uma consulta pública através do Colab, um espaço virtual para dividir ideias com a população, sobre a troca do nome da Rua Moreira César, em Icaraí — como se fosse uma Vinicius de Moraes, em Ipanema — para “Rua Ator Paulo Gustavo”. Axel também vai decretar luto de três dias em Niterói. Outras ideias também surgiram nos grupos, como a colocação de uma estátua de Dona Hermínia no Campo de São Bento, em Icaraí, um dos cenários de “Minha Mãe é uma Peça”, a reativação do Cinema Icaraí com o nome do ator ou ainda a criação de uma escola de artes cênicas. Paulo morou na cidade por 35 anos e sempre dava um jeito de retratá-la.