Para quem gosta de relógios, eles são a metade dos 30 itens que vão a leilão, entre os bens apreendidos na Operação Lava-Jato, no dia 31 de maio, organizado pela Secretaria Nacional de Políticas de Drogas (Senad), do Ministério da Justiça. Boa parte dos objetos pertencia a Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio — que fez acordo de delação premiada no ano passado e trocou a liberdade pela venda dos bens —, como o quadro “Ouço vozes que se perderam nas veredas que encontrei” (1986), de Beatriz Milhazes, com lance inicial de R$ 280 mil, o mais caro.
Juntando todos os valores dos lances mínimos, o total não chega a R$ 1 milhão (o que pode dobrar, dependendo dos arremates). É o que temos, digamos assim, ou você acha que as melhores peças, como joias incríveis, estão ali? Com o segundo maior valor, está uma lancha de Rafael Libman, operador financeiro do doleiro Dario Messer, avaliada em R$ 100 mil.
No entanto, esse leilão deve ser, digamos, bem mais acanhado do que o de pedras de diamantes e barras de ouro (15 diamantes lapidados e cinco barras de ouro 24 quilates), que pertenciam ao ex-governador Sérgio Cabral, arrematados em julho do ano passado, por R$ 4.599.317,60, além da casa em Mangaratiba (leiloada por R$ 6,4 milhões) e dois apartamentos em Ipanema (arrematados juntos, em lote único, por R$ 5 milhões).