Já apareceu em suas redes sociais publicidade do “Candlelights”, concertos de música clássica com velas acesas em volta de uma orquestra, em imagens que dão vontade de entrar no cenário? O evento, da produtora Fever Up, que, em sua página, não dá números de contato ou endereço físico, apenas e-mail, acontece no mundo inteiro. No dia 21 de abril, um deles estava marcado para o Copacabana Palace (antes, previsto para o dia 28 de março). Um show com composições de Chopin e Ernesto Nazareth, em três sessões (16h, 19h ou 22h), com a pianista japonesa Yuka Shimizu. Depois, foi adiado pela terceira vez, agora, para 19 de junho.
As empresárias Daniela Lacombe e Betina Silbert, por exemplo, compraram os ingressos a R$ 230 por pessoa e partiram para o evento: “Apesar de toda essa apresentação, sentimos o golpe, pois, ao chegar ao Copa, nos foi indicado um rapaz, do lado de fora do hotel, com uma camiseta preta com a marca Fever impressa, que educadamente explicava que, por causa da covid, o evento havia sido cancelado, mas que em breve entrariam em contato para remarcar ou cancelar, e nos deu um e-mail para comunicação: [email protected]”, conta Daniela.
Reclamação feita, ela recebeu apenas uma resposta automática, em “português de Portugal”, falando que brevemente entrariam em contato. Ela resolveu pesquisar sobre o “Candlelight” no Google e encontrou 134 reclamações sem resposta no site Reclame Aqui. “Só queremos a devolução do dinheiro. Foi confirmado que não haveria venda de bebidas e comidas no local pelas recomendações de segurança da pandemia e no texto dizia que, se cancelado, receberíamos o crédito”, diz ela.
A coluna ligou para o Copacabana Palace, mas a atendente (Beatriz) disse que o espaço é alugado e que todas as responsabilidades são da produtora, a Fever Up. “Na verdade, compramos pelo Copacabana Palace, e não pelo evento. A credibilidade do hotel parecia nos proporcionar um momento de qualidade e charme.”