Tem gente por aí comparando Paulo Guedes, o ministro da Economia, com a personagem Ofélia, que fez sucesso no “Zorra Total”, interpretada por Cláudia Rodrigues. No programa, Ofélia era uma madame que ainda não tinha se acostumado com a riqueza e envergonhava o marido ao dizer os maiores absurdos na frente dos amigos. No fim dos impropérios, dizia: “Só abro a boca quando tenho certeza”, bordão que ficou famoso. Assim como Ofélia, o ministro coleciona frases infelizes, como a recente de que os chineses “inventaram o coronavírus” e que a vacina desenvolvida pelo país asiático é menos eficaz que a da Pfizer, dos Estados Unidos.
No ano passado, Guedes pediu desculpas — mas sempre dizendo que tiraram suas palavras de contexto — por comparar funcionários públicos a “parasitas”, e disse, num evento em Brasília, que o dólar mais alto não era um problema tão sério ao mencionar períodos em que o real esteve mais valorizado, dizendo que empregadas domésticas estavam indo para a Disney, “uma festa danada”.
Em Fortaleza, numa palestra para convidados no evento “A Nova Economia do Brasil – o impacto para a região Nordeste”, o ministro chamou Brigitte Macron, mulher de Emmanuel Macron, presidente da França, de “feia”: “Xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira e o presidente devolveu: ‘que a mulher dele é feia, por isso ele tá falando isso’. Tudo bem, é divertido, não tem problema nenhum. É tudo normal e é tudo verdade. O Presidente falou mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo. Não existe mulher feia, existe mulher observada do ângulo errado”.
Em painel do Fórum Econômico Mundial, sobre o futuro da indústria e do trabalho, em Davos, na Suíça, Guedes afirmou que: “As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Você não tem um meio ambiente limpo porque as soluções não são simples. São complexas”.
A lista é grande….