A artista plástica Paula Klien tem atravessado a pandemia com trabalho e ideias. Neste sábado (01/05), a carioca vai ser lançada na plataforma “MakersPlace”, o segundo principal mercado de arte digital do mundo, com um trabalho em parceria com o ilustrador e animador canadense Jeff Lemay, em sua estreia no uso do “Non-fungible Token”, o NFT — que usa a tecnologia “blockchain”, a mesma das criptomoedas, como o bitcoin, uma espécie de contrato inteligente em que o dono da obra oficializa sua posse e consegue vender o “direito” dele para outra pessoa. Klien é a primeira artista contemporânea brasileira a ter um trabalho comercializado com o NFT, até então restrito a artistas gráficos.
O trabalho ganhou o nome de “Animais Noturnos”. “Sempre gostei de desenhar insetos e animais em preto e branco, imaginados por mim. Houve um tempo em que comecei a misturar digitalmente esses desenhos com fotos que eu tirava de coisas que costumava colocar dentro de um aquário. Podia ser qualquer coisa que não estivesse viva, geralmente colorida e estranha. Depois de mesclar essas imagens no computador, decidi espelhá-las para fazer um teste. Comecei a colecionar essas ‘digigrafias’. Há cinco anos, desenvolvi um trabalho feito de tinta e água e, agora, encaixei os dois. Nunca pensei no seu potencial em uma plataforma digital”, explica ela, cujo trabalho ganhou movimento e som pelas mãos de Lamey.
Além disso, Paula foi convidada a participar, no dia 7 de maio, de uma coletiva da aquabitArt, galeria contemporânea em Berlim, que a representa desde 2017. Irina Ilieva, curadora da galeria, selecionou quatro pinturas e um vídeo performance que fizeram parte da última exposição individual da artista no Brasil, do final de 2019 ao início de 2020.