O Climatempo alertou para um ciclone com características de tempestade subtropical no litoral do Rio, nesta semana, que recebeu o nome de “Potira” pela Marinha, trazendo ventos, ressacas e tempestades isoladas. O significado do nome em tupi é “flor” — geralmente lindas e cheirosas —, nada a ver com o que o biólogo Mario Moscatelli constatou nesta terça (20/04), na lagoa da Tijuca, na Barra. “Por causa das ressacas e fortes ventos, o fundo pútrido da lagoa da Tijuca está liberando grande volume de metano e gás sulfídrico (aquele cheiro de ovo podre) e está empesteando a Barra com esse cheiro. Essa situação exige dos peixes que ainda resistem na lagoa buscar oxigênio na superfície e, com isso, pode causar mortandade. Isso se chama falta de saneamento universalizado. Essa é uma das cinco latrinas do sistema lagunar da Baixada de Jacarepaguá, que tem prestado para receber esgoto não tratado ou precariamente tratado”, diz.
Existe solução? “Sim! O que nunca existiu foi vontade política, afinal, somos uma colônia de exploração e, se render algum, por que não degradar e sufocar a vida? Sobram leis, impostos e impunidade. Falta querer resolver, simples assim”.