Nesta segunda (08/03), Dia Internacional da Mulher, a União Brasileira de Compositores (UBC) lança a 4ª edição do relatório “Por Elas Que Fazem a Música”, tendo como referência sua base de dados, responsável por 56% da distribuição de direitos autorais no País.
Desde a 1ª edição do relatório, em 2018, o crescimento do número de mulheres associadas foi de 68%; mesmo assim, elas são apenas 15% do quadro de mais de 40 mil associados, representando 17% de todos os titulares que se filiaram em 2020. O estudo aponta que as associadas têm, em sua maioria, entre 18 e 40 anos, sendo 64% do Sudeste, 14% do Nordeste, 9% do Sul, 8% do Centro Oeste e 2% do Norte. “Mulheres são destaque no setor musical, que já foi muito masculino. Grandes estrelas femininas impressionam por seus feitos em número de público e alcance das suas obras “, diz a cantora Paula Lima, diretora da UBC. Para ver a pesquisa completa, clique aqui.
Até a quinta (11/03), a União Brasileira de Compositores vai comemorar a data com lives no Instagram, em que a jornalista Fabiane Pereira vai bater um papo com Marina Lima, Juliana Linhares, Júlia Mestre, Kell Smith e Paula Lima.
O Ecad também divulgou a sua pesquisa, com a conclusão de que a participação feminina nesse mercado, em comparação aos homens, ainda é consideravelmente pequena. De todos os valores distribuídos em 2020 para compositores, intérpretes, músicos, produtores fonográficos, apenas 7% foram para as mulheres. A boa notícia para o mercado nacional é que quase 70% desses valores remuneraram brasileiras e o restante, as estrangeiras. Nos últimos 10 anos, o banco de dados revela que 85% dos cadastrados são homens, mas os números também indicam um forte crescimento da entrada delas na música: na última década, houve um aumento de 1.200% de cadastros de mulheres em todas as categorias, representadas pelas sete associações de música que administram o Ecad (Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC).