O coelho, um dos símbolos da Páscoa, é um presente popular nesta época do ano. ONGs de proteção aos animais, no entanto, fazem um alerta: quem os compra ou adota para presentear alguém precisa se informar sobre o assunto. Esses bichinhos, assim como qualquer outro animal de estimação, exigem cuidados específicos e nem sempre a pessoa está preparada para arcar com a rotina de despesas e cuidados veterinários. Por isso, na Semana Santa, crescem consideravelmente os registros de abandono em lixeiras, praças e parques, onde acabam morrendo de frio, fome, atropelados ou atacados por outros animais.
“Coelhos são dóceis e fofos, mas ninguém imagina os cuidados que requerem. A urina deles tem um cheiro forte; além disso, espalham cocô por onde vão e precisam de um local com muita higiene, pois não podem ter contato com o seu xixi para não adoecerem”, diz Patricia Alves Fittipaldi, fundadora e veterinária do Santuário das Fadas, especializada no resgate dos orelhudos descartados desde a sua fundação, em 2008.
Em média, um ovo de Páscoa de 400 gramas tem preço semelhante ao de um coelho comprado em lojas especializadas, ou seja, custa mais ou menos R$ 80. A diferença é que o chocolate é comestível e acaba rápido, enquanto um bichinho exige cuidados especiais, que duram entre 8 e 12 anos. “Animais não são objetos; são vidas que devem ser tratadas com respeito, dignidade e amor”, lembra Patricia.
Informações sobre o assunto, apadrinhamento de animais e doações estão disponíveis no site do Santuário.