O nome de Pablo Dacosta Sartori, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), aparece em, pelo menos, quatro intimações a pessoas que, supostamente, tenham ofendido alguém de sobrenome Bolsonaro. A última foi nessa segunda (15/03), como publicado aqui, quando o YouTuber Felipe Neto foi intimado a prestar depoimento por ter chamado o Presidente Jair Bolsonaro de “genocida”, em denúncia do vereador Carlos Bolsonaro.
Em novembro do ano passado, o mesmo Carlos denunciou o mesmo Felipe por “corrupção de menores” e, adivinhem o nome do delegado que assina a intimação? Ele mesmo.
Em dezembro passado, a Polícia Civil do Rio também intimou os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, a depor por suposto crime de desobediência a decisão judicial por publicações que envolvem a investigação das “rachadinhas” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, na Alerj, sobre o “caso Queiroz”. Os mandados foram assinados por Pablo Dacosta Sartori.
Também em dezembro, Dacosta indiciou um artista de Niterói por postar foto de uma performance artística em que uma drag queen posa com uma réplica da cabeça de Jair Bolsonaro. A denúncia foi feita por um e-mail assinado por Carlos Bolsonaro, dizendo que a postagem do artista, conhecido como Diadorim, tem indícios consistentes do crime de ameaça, além de incitar crime contra o presidente.
Sobre o recente caso, Sartori negou que haja favorecimento: “Para qualquer caso em que uma pessoa ofende a outra, é feito um registro. A vítima precisa demonstrar interesse para ver aquilo apurado, ainda que através de outra pessoa devidamente autorizada. Não entendo essa repercussão. O juiz é que vai entender se arquiva esse caso ou não”.