Cláudio Castro, o governador do Rio, esclarece nas redes sociais, em tom indignado, que o vídeo que está circulando, no qual canta um pagode numa roda de samba, não foi no seu aniversário em Itaipava, nesse fim de semana, mas em fevereiro, “quando as medidas restritivas não estavam em vigor”. Ahn? Só que, pelas dicas do próprio, desde sempre, aglomerações estão condenadas e, no mês citado, foi quando o estado registrou um aumento de casos e, segundo a Secretaria de Saúde, a taxa de ocupação das enfermarias estava em 42,5% e a das UTI, em 62,1%; já na capital, segundo o painel da Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação geral era de 75%, um número já alto.
No post de Castro, uma chuva de críticas: “Ah, é de um mês atrás, quando não existia pandemia, nem hospital cheio, porque todo mundo sabe que o vírus chegou apenas no dia 1º de março no RJ, né?”; “Vereador que do nada se tornou governador… Ainda não sabe a importância do cargo que ocupa? Quantas pessoas não tiveram ou ainda estão em isolamento sério e não cantam pagode com o grupo ou com amigos. Como católico, estou totalmente decepcionado com o senhor”; “Fazer festa na pandemia tá ótimo, desde que não tenham medidas restritivas…”; “Prefiro ver o senhor cantando do que roubando, como os anteriores. E servidores públicos com o salário em dia e o RJ com baixa taxa de contaminação”, “além de tudo, o repertório do governador é de gosto duvidoso. Ele deveria ter se arriscado a cantar o ‘Gago Apaixonado’, do Noel Rosa” etc.
A festa na casa do governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no último fim de semana não foi a única celebração que ele participou nesse período agudo da pandemia de covid-19 no Brasil. A coluna recebeu um vídeo que mostra ele cantando, sem máscara, um pagode. pic.twitter.com/yFXVGhkGGO
— Juliana Dal Piva (@julianadalpiva) March 31, 2021