A pedidos, o cientista político carioca Maurício Santoro comenta sobre o novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga: “Desde meados de maio de 2020, o verdadeiro ministro da Saúde do Brasil é Jair Bolsonaro. Eduardo Pazuello e um grupo de militares foram basicamente executores daquela política que foi pensada e formulada pelo presidente e que está contra todas as evidências científicas do que fazer para combater a pandemia”, diz.
Nesta terça (16/03), ao falar com a imprensa antes de reunião com Pazuello, Queiroga afirmou que “não tem vara de condão” para resolver os problemas do País e que foi convocado para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Ministério da Saúde. “Conseguiremos vencer esta crise na saúde pública brasileira, que é um problema mundial. Não vim aqui para avaliar a gestão anterior, mas para trabalhar pelo Brasil, juntamente com o general Pazuello e os outros ministros do governo”, disse Queiroga.
Santoro também diz que “nenhum médico sério se dispôs a recusar medidas de isolamento, recusar o uso de máscaras ou propagar discurso contra a vacina. A própria Ludhmilla Hajjar enfrentou um nível de resistência muito grande por parte dos apoiadores do presidente, com ameaças de violência, de agressão e abandonou a possibilidade do cargo. Isso mostra muito o clima trágico que a política brasileira adquiriu durante a pandemia. Ela foi descrita como ‘médica pró-ciência’. Um país em que essa definição seja necessária está, sem dúvida, mergulhado em um pesadelo ideológico”.