Até o próximo sábado (20/02), quando aconteceria o Desfile das Campeãs na Sapucaí, as redes do coletivo “Carnavalize” vão fazer um manifesto em homenagem aos trabalhadores do carnaval, o “Vazio de Carnaval”. Na programação, o projeto vai apresentar uma série de perfis de profissionais cujos trabalhos foram afetados pela pandemia, com depoimentos em vídeo e sessão de fotos postadas diariamente. “O vazio não é só pela ausência dos desfiles, mas também pelo próprio silêncio das escolas nesse período. São 10 personagens fotografados por George Magaraia, que incluiu costureiras, aderecistas, escultores, ritmistas, dançarinos e carnavalescos, com rostos menos famosos, porque são eles que estão sofrendo nesse período”, diz Felipe Tinoco, um dos coordenadores do projeto.
O primeiro da série é Flávio Polycarpo, um dos principais escultores da festa, com 32 anos de carreira. Suas produções em isopor e fibra de vidro já estiveram em mais de 22 escolas de samba no Rio, São Paulo e Santa Catarina. “O ‘não carnaval’ afeta não só as pessoas que trabalham comigo, mas também um número de mais de duas mil famílias. São mais de dois mil profissionais, dentro do carnaval carioca, que vivenciam e vivem quase exclusivamente desse mercado”, diz Flávio.
No domingo (14/02), também será lançado um videomanifesto, gravado na Sapucaí, com Selminha Sorriso e narração de Milton Cunha.