Um grupo de produtores de eventos cariocas tem divulgado um manifesto para a criação do “Passaporte da Imunidade”, para acesso controlado em espaços privados. Um dos adeptos, Bruno Gouvêa Chateaubriand, produtor da festa de música eletrônica “Rio ME”, postou, em suas redes sociais, o texto de como funcionaria o esquema: “Se você curte um agito e já teve Covid ou está vacinado, ou se não teve e estaria disposto a fazer um exame na porta do evento, queremos você. Na nossa bolha particular de frequentadores de agitos, a maioria já teve Covid, tornando muito difícil a reinfecção e, assim, vários setores do mercado de entretenimento uniram-se para a criação de um protocolo superior ao das Fronteiras Internacionais, similar a um credenciamento de Camarote de Carnaval, com triagem para receber os exames e, tendo o resultado, emitir um documento de imunidade para controle de acessos.”
O setor de eventos foi um dos mais afetados pela pandemia e, de acordo com os “mandamentos”, eles são contra as festas clandestinas, o que os prejudica, além das aglomerações nas ruas, e deram exemplos, como o “Crachá verde”, em Israel, um documento que comprova a vacinação — só que, por lá, 50% da população já receberam o imunizante, segundo a Reuters.
Ainda de acordo com o site do “Passaporte”, já são 1.200 cadastrados, mas a meta é chegar a 10 mil para terem dados suficientes para “liberar o protocolo, que prevê a ausência de contágio entre os presentes e, assim, termos uma Semana Santa incrível no Rio (que tecnicamente será de 28 de março a 4 de abril)”.
E são os mais variados passaportes: “Tipo A”, de imunidade permanente, ou seja, os vacinados; “Tipo B”, válido por 90 dias, para pessoas que apresentarem exames de anticorpos ou RT-PCR positivo; “Tipo C”, temporário, ou seja, apenas para os eventos em que o interessado escolher; e “Tipo D”, o “Exame Check”, para quem não teve covid precisaria levar os exames RT-PCR ou SWAB Antígeno Negativos de até dois dias. No fim, eles ainda dizem: “Que sirva de modelo para tantos outros Estados desse Brasilzão maravilhoso!”. Que tal?