O perfil “Rio de Nojeira”, que denuncia aglomerações, ações policiais e algumas curiosidades, postou imagens da “casa” de um morador de rua, embaixo do viaduto da Av. Ayrton Senna, na Barra, nesta terça (16/02). O local foi divido em ambientes, com cozinha — incluindo uma mesa de carretel de madeira, com toalha impecável, bandeja e duas taças de plástico de espumante —, o quarto principal, coincidentemente (ou não) instalado acima da pichação onde se lê “vidas negras importam”, um quarto de criança, com bicho de pelúcia e tudo, e um varal indicando a área de serviço.
Em janeiro, a Secretaria Municipal de Assistência Social começou uma ação para atender, acompanhar e acolher a população de rua, que cresceu ainda mais com a pandemia. Segundo Laura Carneiro, secretária de Assistência Social, vai ser mapeada a real situação para aperfeiçoar políticas públicas. No último censo, feito na gestão de Marcelo Crivella, foi divulgado o número de sete mil moradores de rua no Rio — muito abaixo do que é visto se comparado com dados da Defensoria Pública, apontando mais de 15 mil.