A vereadora Monica Benicio protocolou os primeiros projetos de lei do seu mandato e, entre eles, a criação do Dia da Visibilidade Lésbica no Rio, em 29 de agosto. “Estabelecer uma data pode parecer algo simples, até bobo, mas nesse caso, assim como em alguns outros, é fruto de muita luta histórica e coletiva. Nós, mulheres lésbicas, fomos invisibilizadas ao longo da história e seguimos ainda apagadas em diversos espaços, em diferentes lugares. Vivemos numa sociedade patriarcal que odeia as mulheres e rejeita absolutamente tudo que se aproxima do que é considerado feminino”, diz Mônica, viúva de Marielle Franco, assassinada em 2018.
O projeto veio da Marielle em 2017, votado e não aprovado por uma diferença de dois votos. “A Câmara, todos os anos, aprova datas religiosas e, muitas vezes, algumas que não fazem diferença alguma na vida do povo carioca, como o ‘Dia do Pão’. E é essa resistência que nos trouxe até aqui e que fez com que nós protocolássemos novamente esse PL”, finaliza Mônica.
Mais ou menos 150 mulheres e coletivas feministas lançaram, nesta segunda (22/02), um manifesto apoiando o nome de Benício para a presidência da Comissão da Mulher da Câmara dos Vereadores do Rio, como publicou Ancelmo Góis.