Já aconteceu de você se comparar com outras pessoas? Pessoas mais bonitas, mais ricas, mais felizes, mais magras, mais bem-sucedidas… Se procurar, sempre vai encontrar pessoas “melhores” do que você em alguns aspectos. E como se sente quando se compara com os outros?
Marshall Bertram Rosenberg, psicólogo americano e autor do best-seller mundial, Non-Violent Communication (Comunicação Não Violenta), dizia: “Se quiser ser infeliz, compare-se com outras pessoas”. Concordo muito com ele: sempre que me comparo a alguém, sinto-me péssima. Fico perguntando-me quantas pessoas já desistiram dos seus sonhos, ou até da vida, por se comparar com outras pessoas?
Ontem mesmo, uma amiga estava me contando o quanto ela estava se sentindo desanimada, pelo fato de ter muitas pessoas oferecendo o mesmo serviço que ela, com mais anos de experiência e, então, mais sucesso — como se não tivesse espaço para ela, já que outros conquistaram uma parte significativa do mercado. Acolhi a sua dor com empatia e, quando ela se mostrou aberta para ouvir meus conselhos, sugeri que parasse de olhar para os lados e se concentrasse nas suas qualidades, nos seus talentos e no sonho que ela queria realizar. Rapidamente, sentiu-se mais leve e disposta para seguir em frente.
Comparações são uma forma de julgamento. Costumam bloquear a compaixão e afetar a autoestima. Acredito que podemos viver muito mais felizes aceitando-nos como somos, amando-nos exatamente como estamos no momento presente. Sei que, no mundo competitivo em que vivemos, onde os padrões de beleza e estética podem estar longe da realidade de muita gente, aceitar seus defeitos e vulnerabilidades pode ser um exercício difícil. Recomendo que procure fazer isso o quanto antes.
Desde a adolescência, comecei a esconder determinadas partes do meu corpo porque eu tinha como “ídolos” alguns top modelos. Eu queria ter o mesmo formato que elas em todos os aspectos, mas era simplesmente impossível. No entanto, só consegui aceitar essa realidade aos 38 anos de idade, depois de anos de dietas restritivas, alimentando frustrações e desenvolvendo compulsão alimentar, de tanto que eu me privava de comer certas coisas que eu amava.
A ficha caiu quando percebi que, mesmo fazendo muito exercício e me privando de comer determinados alimentos, eu nunca ia ter o formato do corpo “ideal”. Então, resolvi me aceitar e me amar do jeito que eu sou, e foi extremamente libertador! Prometi a mim mesma parar de me comparar e de me privar. O que aconteceu logo depois foi muito surpreendente: enquanto eu comecei a engordar aos poucos, as pessoas não paravam de me dizer que eu estava mais magra e mais bonita.
Cheguei à conclusão de que, quando nos amamos e nos aceitamos como somos, os outros também passam a nos aceitar e até nos achar mais bonitos. Certamente, você deve conhecer pessoas que não são tão perfeitas esteticamente falando, contudo têm muito sucesso em todos os sentidos.
Que tal experimentar uma semana sem se comparar com ninguém, seja nas redes sociais, seja na vida em geral? Seja simplesmente você mesmo e procure ser a sua melhor versão. Concentre-se apenas em você e naquilo que precisa aprender para alcançar seus objetivos.
Boa semana!