Nesta quinta (11/02), uma carioca desempregada sentou-se no sofá de um dos corredores do Fashion Mall, em São Conrado, e, para chamar atenção de lojistas, pôs seu currículo no rosto. Formada em Gestão Empresarial e moradora do itanhangá, Dayane de Souza Silva, 32 anos, está desempregada há um ano. “Entreguei vários currículos, mas estou no desespero, pois ninguém me chama e não sei mais o que fazer. Essa foi uma maneira de protestar para ver se alguém me enxerga”, diz ela à coluna.
O local escolhido por ela também viveu dias difíceis: o shopping sofre, há alguns anos, com corredores sempre vazios. Soma-se aí, também, a crise provocada pela covid-19: no terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego foi de 14,6% – a mais alta da série histórica desde 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE. O Rio está entre os estados mais atingidos por esse problema, com 19,1%, atrás de Alagoas (20,0%), Sergipe (20,3%) e Bahia (20,7%).