O assunto mais comentado deste domingo (17/01), nas redes sociais ou fora delas é, claro, a primeira dose: da vacina. A primeira CoronaVac foi no bracinho da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, em São Paulo, ao lado do governador João Dória. Na sequência, vem “Pazuzu”, apelido dos internautas ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (na mitologia suméria, Pazuzu era o rei dos demônios do vento, que trazia as tempestades e estiagem).
O general foi citado, digamos assim, nas entrelinhas da fala final de Dimas Covas, diretor do Butantan: “Como soldado, o general foi treinado para matar, derrotar o inimigo com a força bruta, ao contrário de quem trabalha com a Saúde, que é reparar os danos dos disparos com as armas. A função de quem trabalha com saúde é mitigar qualquer agravo à saúde no primeiro momento. Não podemos esperar que haja uma burocracia para começar a vacinar. O que me interessa é o compromisso com as pessoas, pela vida, e não há burocracia que mude isso”, disse, emocionado.
Pazuello não se salvou nos comentários:
“Pazuzu choramingando em pronunciamento oficial porque SP começou a vacinar com a vacina que ele próprio produziu e custeou. É mole?”;
“O pazuzu e o inominável são tão burros que criam todo palco pro inegavelmente genial e infinitamente mais articulado João Dória usar de palanque pra se lançar como oposição”;
“Dia D, de Doria, Hora H, de Hospital das Clínicas. Pazuzu foi mal interpretado”;
“Pazuzu: ‘não faremos jogada de marketing’, disse o ministro cujo avião que ia buscar as vacinas na Índia teve que esperar pra ser adesivado com o selo do Ministério da Saúde”;
“Pazuzu descobre na carne que, na hora H, publicitário sempre vai ser mais esperto que milico”;
“Amo que Doria tá metendo o louco e vacinando todo mundo, enquanto Pazuzu tá só botando dificuldade naquilo que ele nunca fez”;
“Brasil é o único país do mundo em que o Ministro da Saúde está bravo com o início da vacinação”;
“Eu seguirei não gostando do Doria como político. Mas ele sempre lutou pela ciência e pela vacina. Em relação ao Covid-19, entrou para a história. Ponto”;
“Tudo que o Pazuzu queria era caber numa daquelas calças apertadas do Dória!”;
“Ponto de vista de um relações-públicas da coletiva de Doria: vacina ao vivo, entusiasmo e emoção das autoridades, branding da vacina no backdrop, camisa e adesivo, agilidade e plano de ação; da coletiva do Pazuello: estresse, recalque e ataques à imprensa e aos jornalistas”.