Verde e rosa eram as cores do “MAM de Verão” nesta sexta (22/01): a oficina com Squel Jorgea e Matheus Olivério, porta-bandeira e mestre-sala da Mangueira, com sete casais, num salão de grandes dimensões, para não ter como passar a covid, se alguém tivesse, claro. Até o início de março, em paralelo à exposição “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência”, o museu vai oferecer oficinas, seminários e performances, desenvolvidos com o curador convidado Leandro Vieira, carnavalesco da verde e rosa, e com os integrantes da escola.
A dupla convidada vem de uma linhagem de sambistas: neta e filho do diretor de harmonia, compositor e intérprete Xangô da Mangueira. “Nossa arte, tão genuína, não se aprende em academia ou faculdade. É preciso estar inserido no universo e crescer no solo sagrado de uma escola de samba, para ter dimensão da sua importância. Para muita gente, a porta-bandeira é apenas aquela que roda. As pessoas desconhecem todo o processo que há por trás dessa técnica, que, até o início de 2020, não era reconhecida pelo Sindicato da Dança. É um orgulho muito grande ocupar o MAM, que é tão importante para a história da cidade, e levar esse saber a outras pessoas”, diz Squel.