Nesta quinta-feira (28/01), estreia nos cinemas o documentário “Chacrinha — Eu vim para confundir e não para explicar”, sobre a vida do Abelardo Barbosa (1917-1988). “Na certa, vou me emocionar”, diz Leleco Barbosa, filho do apresentador, que vai assistir amanhã, pela primeira vez, em uma sessão no Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo. “Meu pai foi o maior comunicador da TV do Brasil, além do Sílvio Santos. O tempo passa e não o esquecem, impressionante”, comemora Leleco, que gravou um depoimento para o documentário, assim como Pedro Bial, Luciano Huck, Rita Cadillac, Boni, Stepan Nercessian e Dona Florinda, viúva do Velho Guerreiro, falecida em outubro.
Leleco comenta que, se estivesse vivo, Chacrinha seria o substituto perfeito para ocupar as tardes de domingo da TV Globo, com a saída de Faustão da emissora, no fim do ano. “Imaginem só como seria bacana?! Gosto muito do Fausto, mas os apresentadores de hoje ganham uma fortuna, e não dão audiência: Luciano Huck dá em torno de 10 e Faustão, 12; meu pai dava entre 70 e 80 no ibope. Mas os tempos eram outros; a TV mudou muito”, analisa.
Com direção de Cláudio Manoel e Micael Langer, o documentário percorre toda a vida e obra de Chacrinha — desde o início, em Pernambuco, como locutor de rádio, até sua chegada ao Rio, o começo na Rádio Tupi e o sucesso absurdo na TV Globo. Leleco, que há mais de 30 anos cuida de tudo relativo ao pai, só lamenta não ter mais nenhuma das indefectíveis buzinas que Chacrinha usava. “Tinha as seis que ele usava em forma de revezamento na TV. Mas empresta uma daqui, outra de lá e… acabou que fiquei sem nenhuma.”
Dá o play para assistir ao trailer:
Por Acyr Méra Júnior